domingo, 19 de junho de 2011

Vi e escrevi


Eu li: "Escute, mas não acredite. Beije, mas não se apegue. Olhe, mas não se apaixone. Se jogue, mas não se machuque."
Me pergunto se vale a pena agir de forma tão superficial de maneira que você nunca conhece a consequência de cada ato realizado por você mesmo. Acho que isso é a definição de uma felicidade que talvez seja eterna, porém, nunca intensa.
Leia e seja lido, entenda e deixe-se entender, cante e ouça uma canção, abrace e permita-se ser abraçado. Viver com o medo da intensidade que é errar, aprender e concertar é o mesmo que entrar na chuva pra não se molhar.
Pense nisso ou não.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Não sei, mas sei.



Se é pra falar de amor, podemos começar da primeira vez que iluminamos alguém. Do choro contido por nove meses anunciando a primeira sensação de estar vivo e respirar. Que eu fale da minha mãe gritando enfurecida com cada pessoa que tinha  sinceridade suficiente pra falar que eu não era uma criança exatamente bonita.Volte ao primeiro defeito que o seu pai reconheceu em você, não havia ilusão pra se esvair, ele te amou pelo seu melhor e se comprometeu na promessa perpétua de educar o seu pior.

Se é pra falar de amor, vamos falar então de quando você se depara com a primeira definição de amizade e possui um seleto grupo de melhores amigos constituído de 18 pessoas (toda sua classe do jardim I e a professora que te compra o lanche). Do seu amor por crescer, da ansiedade de alcançar o ombro da sua mãe, ou da eternidade entre a sua idade e a sua professora da alfabetização que tinha 23 anos.
Quantos gatinhos você viu no meio da rua e tentou levar pra casa pra cuidar escondido, já que sua mãe  não deixaria você ficar com ele? Ora, ela sabia que eles cresceriam e você já não veria tanta fofura pela qual você se apaixonou. Acho que é por isso que as crianças amam de forma tão intensa e pura, o futuro lhes parece tão utópico que vivem cada momento como se aquela fosse a verdade da sua vida inteira(ainda há quem duvide da sabedoria de uma criança)


Se é pra falar de amor, relembre a primeira vez que você se olhou no espelho e pensou ser a pessoa mais incrível do mundo inteiro... até o seu primeiro amor, na quinta série, quando você transfere o título de pessoa incrível e acha o grande amor da sua vida, que irá durar até a sexta série. Lembre da música daquela banda que te deixava sempre arrepiado, da sensação de sentir que aquela banda sempre cantava você. Ou de quando você ganhou a primeira camisa do seu time e passou duas semana querendo usar a mesma camisa... até seu time perder e você passar duas semanas querendo apenas odiar o mundo, sumir ou chorar.


E se estamos falando de amor, que se fale em amigos do colégio que se tornaram irmãos e te deram uma definição concreta de amizade. Das promessas de quanto tudo aquilo seria para sempre e de como vocês iriam passar todos no vestibular pra mesma universidade, viajar e morarem todos no mesmo apartamento. Vocês sabiam quanta ilusão existia em cada verdade que se dizia... mas o amor tem disso as vezes, você sabe que é engano, mas preferem se enganar e fazer de tais verdades eternas enquanto durarem.

De paixão não, falem de amor. Amor é muito mais que uma definição, do que meras sensações... é muito mais vasto que achar que é pra sempre, mais puro que ser criança. É quase impossível ter certeza e amor ao mesmo tempo. Penso que deve ser um conjunto de tantas coisas: ditas e não ditas, certas e erradas, impulsivas e controladas, reais e inexistentes... 
Dizem que só se ama uma vez na vida, acho que a vida é que está contida no amor.
Pra mim, o amor está em muito mais que todas as entrelinhas.
e pra você?