sábado, 22 de outubro de 2011

Carta sem remetente.

Oi estranho, senti sua falta hoje. Saudade daquele abraço apertado que você nunca me deu, das nossas conversas em lanches que nunca aconteceram, da gente cantando junto alguma música que ainda não foi lançada.
Ontem eu tive vontade de te ligar. Teria ligado se tivesse o seu número. Pensei ter ouvido a sua voz me contando alguma besteira, enquanto eu admirava você sorrindo. A imagem era meio embaçada porque minha mente ainda está concluindo como será seu sorriso. Mas do som da sua risada que eu nunca ouvi eu lembro bem.
Acho que sonhei com você esses dias, sonhos bons... Não consigo recordar nitidamente todos eles, porque seu rosto nunca apareceu em nenhum deles. Mas eu lembro que em um deles eu senti você colocar meu cabelo pra trás. Acho que você toca violão, porque seus dedos me arranharam um pouquinho e isso fez com que eu me arrepiasse.
Ando compartilhando o meu dia com a brisa da tarde, esperando que ela sussurre pra você, como quando a gente jogou telefone sem fio naquele dia 30 de fevereiro.
 Sei que parece loucura, mas meu coração acelera por alguém que não existe.  
Preciso acordar agora, até mais. 

Um comentário:

  1. Me sinto assim as vezes, lembrando das coisas que nunca tive. Coincidentemente, o ultimo texto do meu blog é sobre o peixe que eu nunca tive. É uma metafora e é como o seu, so que menos bonito e mais paranoico.
    Voce nao é louca. Se for, entao somos duas.
    =*

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